segunda-feira, 8 de outubro de 2007

ORGULHO TUPINIQUIM
Na Bahia, assim como nas outras regiões do país, a galera tem mãnia de falar mau do Brasil, mas quando fica diante dum forasteiro é rapidamente possuída pelo espirito ufanista, chegando até a cantárolar o hino nacional, movída, acredito eu, mais pela vergonha da realidade tupiniquim que de um verdadeiro orgulho nacionalista. Comigo é diferente; adoro socar lenha na fogueira, principalmente na presença de forasteiros. Uma vez quase mato de rir um amigo italiano com meus comentários maliciósos: - Tá vendo aquela mulher alí, vestida de roupa afro ?
Isso é só pra impressionar os turistas, mas quando chega em casa veste um modelíto igual ao das brancas que ela vê nas novelas, e acha chique comer pizza italiana.
- Ah, é ? perguntava o gringo.
- É sim ! E digo mais: Os maiores ídolos negros da Bahia ainda são Bob Marley e James Brown.
- James Brown ? Não diga isso.
- Digo sim. A Bahia é mais Americanizada que africanizada. Além disso, era governada por mães de santo que liam os búzios para os prefeitos e governadores, dizendo faça isso, não faça aquilo.
Qualquer absurdo que você possa imaginar, na Bahia tem precedente.
Depois desse dia o gringo nunca mais conseguiu ver uma mulher vestida de Baiana sem afrouxar o riso.



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